sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz Natal


Olá pessoal! Isto anda meio inativo né? Pois é, eu sei que as coisas demoram a ser atualizadas por aqui, mas desta vez eu tenho uma desculpa plausível: estou viajando e, portanto não tenho tempo pra escrever minhas histórias. Então eu decidi passar aqui somente para desejar-lhes um Feliz Natal e que mesmo se você for como eu (ausente de religião ou não-cristão) não deixe de aproveitar o seu natal. Natal é uma época especialmente para reunir a família, celebrar a paz, união e a solidariedade.
 
Ano que vem, assim que eu voltar para Porto, me recuperar do cansaço e das bolhas e feridas no pé, voltarei com o blog fervendo. As histórias estão acumuladas e há muita coisa pra contar, pois ultimamente tenho vivido intensamente.  Então vai a pergunta que não quer calar? Você tá preparado para um “rush” de posts? Se a resposta for não, prepare-se, pois em janeiro a chapa vai esquentar hahaha! Feliz natal mais uma vez e um ótimo ano novo também. Vemo-nos em 2011!

Figura 1: Escrevendo na neve

Quote do Post: "Naquele ano, o natal deixou de significar para mim enfeites e presentes e começou a significar recordação. No começo fiquei um pouco desapontado, mas aprendi que a memória era uma maneira de reter as coisas que amamos e as coisas que não queremos perder nunca. E o que aprendi com Winnie, foi que num mundo que muda tão depressa, o melhor que podemos fazer é desejar aos outros um feliz natal; e muita sorte..." – Kevin Arnold

Música do Post: Twisted Sister - Heavy Metal Christmas

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Aventuras Em Braga


A viagem que fiz pra Braga foi a minha primeira auto-divertida. Auto-divertida? Como assim? Bom, é que foi a primeira vez em que viajei sozinho. Tive algumas semanas de resistência pra poder finalmente viajar sozinho. Pura preguiça minha! Mas consegui provar que viajar sozinho pode ser tão divertido quanto viajar acompanhado. Quer saber como? Sigam-me os bons!

Levantei cedo, tomei meu banho, tomei café, arrumei a mochila e saí rumo à estação de trem, determinado a conhecer Amarante. Era uma quarta-feira e por sorte estava fazendo um tempo bom (Aqui na cidade do Porto costuma chover bastante durante essa temporada de frio). O grande problema de sair sozinho é ter animação pra sair de casa. Depois que fez isso acabou, entrou em outro mundo distinto. E lá estava eu em total animação na bilheteria da estação às 9:30 da manhã.

Eu: Quanto tá a passagem pra Amarante?
Vendedor: 5 euros e 90 cêntimos. E o comboio só sai às 11 horas.
Eu:  AFF, OMG, LOL, GG, AFF, WTF, OMG, LOL! Tem uma passagem mais barata não?
Vendedor: Tem pra Braga, tá 2 euros e 20 cêntimos e tem um comboio que sai agora às 09:45.
Eu: Opa! Me vê uma de ida e volta por favor!

E por ironia Monetária do Destino simplesmente troquei Amarante por Braga! O que eu não entendia é que Amarante fica bem mais perto do que Braga. Por que a passagem pra lá é bem mais cara? Ainda não tenho a resposta e se você souber me avisa hein?

Saí apressado pra não perder o trem, peguei um lugar pra mim e comecei a ler um livro que trazia comigo na bagagem.  Só fui parar de ler quando a viagem já estava terminando. Um total de 1:50 de trem de Porto até Braga.

Chegando lá a primeira coisa que fui procurar era um posto de informação pra descolar um mapa pra conhecer a cidade. E não era que a desgrama do trem tava fechado? Daí eu paro e reflito em voz alta: “AFF, OMG, LOL, GG, AFF, WTF, OMG, LOL! Em pleno feriado, um dia que as pessoas SAEM pra viajar a turismo, essa joça fecha? Por que não fecha numa segunda onde ninguém vai visitar a cidade?”. Pois é, tive que me virar e descolar um mapa por 5 EUROS! Sim, estou cego, uma pessoa está digitando para mim.
Passado esse pequeno incidente apressei para desbravar a cidade. Catedral da Sé, Paço Episcopal, Jardim de Santa Bárbara, Igreja de S. Paulo, etc., etc. No final das contas a cidade não era tão grande e quis me assegurar de visitar tudo, ou quase tudo.

Às 13:00 horas começa a saga do almoço.  Eu que estava com fome, resolvi procurar um restaurante BARATO pra almoçar. Eu não sou pão-duro, mas vocês sabem como é Né? Aqui a gente paga em euro, já vem tudo dobrado hahah.  Olhando de porta em porta fui vendo os cardápios até parar no mais barato que eu havia encontrado. Restaurante do Alexandre: Entrada, Prato Principal, Suco (Vinho, Água ou Refrigerante), Sobremesa e Café por 12 euros. Daí eu pensei: “Hmm, esse tanto de trem aí por 12 euros tá bom. Vou comer aí.”. Quando eu entrei no restaurante fiquei totalmente sem graça. Imaginem aquele restaurante chique, com lareira, garçom na recepção pra te receber, e aquele tanto de família rica e bem vestida nas mesas comendo e conversando. Pois é, era aí mesmo que eu tinha entrado. E lá estava eu, sozinho, de toquinha, mochila nas costas parecendo um andarilho hahaha. Cara de pau que sou, eu não me intimidei (depois que todo mundo parou de olhar pra mim é claro!). Sorte minha é que eu estava  bem arrumado. Abaixo segue a foto. Sentei na minha de boa, e pedi o cardápio barato do qual eu havia visto. Daí vem a parte que eu fico totalmente sem graça 2. Quando me serviram o prato principal eu chamei o garçom e falei pra ele: ”Mas aqui, eu queria carne e não peixe”. E ele: “Ora, pois, mas isso daí é carne”.  E então eu disse: “Ah!” já morrendo de vergonha. E como já dizia minha professora de francês: “Puuuuuutz! Impagável essa!”. Impagável mesmo, mas rendeu uma história engraçada pra recordar depois hahah.

 Foto 1: Restaurante do Alexandre

Satisfeito o meu estômago já estava na hora de retomar viagem. Eu já havia explorado quase toda a cidade e só ficaram os pontos distantes para serem descobertos. Então lá fui eu. Passei pelo primeiro, driblei o segundo, passei pelo terceiro e... UHHHHHH!!! Eu ainda estava no meio de campo. Pra marcar o gol faltava visitar uma última atração e esta ficava muito longe! Já eram 16:00 horas e calculista que sou julguei dar tempo de ir visitar a Capela de S. Frutoso. Pra chegar lá fui de ônibus e no caminho fui trocando o maior papo com o “Motô”. Ele me falando da guerra do rio, cidade de deus, tropa de elite e eu lá: “Putz, esse Rio de Janeiro consegue fo#&r com a reputação do Brasil”.

Descendo lá ainda tive que andar um pouco pra finalmente chegar a tal capela que pra mim foi a mais legal seguida da catedral da Sé. Depois de terminar a visita já estava querendo escurecer, mas ainda assim cismei de ir ver o estádio do Braga. Um senhor muito simpático que estava na igreja me falou como chegava lá, me acompanhou parte do caminho e inclusive me mostrou um atalho pra pegar. O atalho era sinistroooooooo! Uma estrada de terra com umas casas abandonadas, e já estava querendo escurecer e ainda por cima tinha uns camaradas esquisitos dentro do carro. Nem dava pra bancar o malandro eram 5 contra 1, o jeito era seguir vazado hahaha! Passei a estradinha e fui ver o estádio do Braga. Quando terminei de ver o estádio o sol já estava se pondo e eu então vi que já estava na hora de ir pra casa.

A noite caiu e quando eu estava procurando um ônibus pra voltar descobri que NÃO havia mais ônibus pra estação. Motivo? Feriado! Então eu disse: “AFF, OMG, LOL, GG, AFF, WTF, OMG, LOL!” e toquei o FODA-SE. Agora é encontrar alguma pessoa e pedir informação pra chegar a pé na estação mesmo. E quem disse que havia uma alma viva naquele local da cidade? Andei freneticamente uns 15 minutos até encontrar um casal gente boa que me explicou o caminho. Depois disse andei freneticamente mais uns 30 minutos até chegar à estação. Sabe o que é você suar de calor em pleno 9° de temperatura? Pois então, esse era eu quando cheguei à estação: morto de cansaço. Sorte minha é que tinha um trem na estação e saia em poucos minutos. Só embarquei, peguei meu lugar, e coloquei Enya no mp3 pra relaxar todas as tensões daquela aventura auto-divertida.

Em um resumão, Braga me deixou um pouco a desejar, eu viajei pra lá com uma expectativa maior. Talvez por ter sido feriado e alguns pontos turísticos estarem fechados (COMO ISSO?) não pude aproveitar a cidade em sua totalidade. Mas isso não tira o brilho da cidade que é muito bonita e histórica também. Só de me lembrar das canções natalinas que estavam tocando nas ruas quando cheguei à cidade, dá vontade de voltar. É isso aí pessoal, até a próxima.

 Foto 2: Jardim de Santa Bárbara

Quote do Post: “A verdadeira compreensão não vem com novos pensamentos, mas com o entendimento dos antigos.”

Música do Post: Nando Reis – Luz dos Olhos