domingo, 26 de setembro de 2010

Coleção


Como disse no primeiro post deste blog, me reservei ao direito de colocar coisas aleatórias que não tem a ver com intercâmbio em si. Não que este seja assim totalmente aleatório, mas enfim, vou falar sobre coleções.

Quem nunca fez uma coleção seja ela qual for nesta vida? Conheço pessoas que fazem coleções de moedas, bonés, carros miniatura, tênis, notas, fotografias, selos, clipes, cartões telefônicos, frases, namoradas. Hehehe, esse último é uma coleção um tanto inusitada. Coleções são maneiras de guardar obras, lembranças, idéias e recordações sobre um tempo, uma época e de pessoas que passaram por sua vida e viveram a sua época junto a ti. Coleções são grandes depósitos de histórias e recordações e devem ser colecionadas, com moderação é claro!

Eu também sou um pouco aficionado por coleções. Admito que já fiz inúmeras coleções (completei poucas) nessa vida. Já colecionei figurinhas de bala, chiclete (cavaleiros do zodíaco, pokémon), figurinhas de chips (pokémon 1 e 2, digimon 1 e 2, star wars, etc), tazos, figurinhas aleatórias de álbuns, chaveiros, carros miniaturas, camisas de times de futebol, bonecos dos cavaleiros do zodíaco, moedas, livros, mangás, latinhas, etc. 

As maiorias das minhas coleções se perderam. Algumas eu me arrependo muito de ter perdido ou destruído-as, como os bonecos dos cavaleiros do zodíaco e as latinhas (que acabei amassando, pois a coleção estava ficando muito grande). Algumas coleções foram grandes fiascos como a de chaveiros por exemplo. Colocava todos junto com as chaves (imaginou que merda isso dá né?). Outras eu dei para outras pessoas e apenas algumas eu ainda possuo comigo. Como por exemplo, os mangás dos cavaleiros do zodíaco e o álbum de figurinhas do pokémon que completei ainda criança. Depois da minha coleção de latinhas frustrada (era desordenada e por isso fiquei sem espaço) fiquei algum tempo sem colecionar nada.

Depois de algum tempo arrumei uma nova coleção por acaso. A mais fantástica coleção da minha vida. Minha maior paixão assumida: músicas! Comecei trocando músicas com amigos (pois tinha internet discada e era difícil conseguir músicas na época). Quando me dei por mim já tinha alguns GB de música espalhados pelo HD. Como aprendi as lições de minha frustrada coleção de latinhas resolvi organizá-las e manter um padrão para minha coleção. Atualmente tenho cerca de 30.000 músicas, sendo que 13.000 já estão devidamente catalogadas, com volumes e taxa de bits ajustados. É o meu maior orgulho! =D

Não contente com isto comecei uma nova coleção recentemente: cartões postais. Tive um interesse repentino depois de ver os postais que minha professora de francês tinha. Fiquei encantado com tais e resolvi que dali em diante faria também uma coleção de postais. Como toda coleção deve ter suas regras, as regras que impus sobre essa nova coleção são simples: somente guardarei os postais ganhados de outra pessoa, e esta pessoa deve (se quiser) escrever alguma mensagem neste postal para guardar de lembrança.

Curiosamente ganhei o meu primeiro postal semana passada. Quando estava a enviar postais para algumas pessoas no correio, a atendente me deu um. Achei bacana, pois foi bastante curioso e inusitado. O postal não é lá essas coisas, mas cá entre nós, Isso é o que menos importa. O que faz dos postais especiais são as circunstâncias e as intenções das pessoas ao dá-los a nós.

Portanto se você se interessou por esta coleção e quiser ajudá-la mandando-me um postal de recordação da sua cidade, lugar onde passou ou simplesmente um postal que achar legal. Mande-me um email para guilhermenoronha2001 arroba gmail.com que enviarei meu endereço. Se tiver mais interessado ainda podemos trocar postais também, já que irei passar por muitas cidades diferentes terei muitos postais pra trocar. Ficaí o pedido! ;)

Quote do Post: “O valor de um presente não está no quanto custou ou no quão difícil foi de se obter. O valor de um presente está na intenção da pessoa em te agradar. Por isto existem presentes simples que são lembrados a vida toda.” – Kevin Arnold

Música do Post: Enya – Only Time

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mestrado!

Fala pessoal! Demorei em fazer este post por causa de alguns motivos. Dentre eles estava que eu ainda havia assistido poucas aulas e, portanto não tinha muita base para fazê-lo!

Então, voltemos a temática principal. Sim! O tema é este mesmo: Mestrado! Mas como mestrado se eu ainda nem fiz a minha graduação? Calma lá! Ainda não estou fazendo mestrado, apenas algumas matérias hahaha! Descobri por boatos que nós os Erasmus (Erasmus são os estudantes de intercâmbio) podíamos fazer matérias do mestrado daqui. Até então eu já tinha feito o meu plano de estudos com míseras matérias da graduação! Não satisfeito tentei me arranjar por aqui e trocar as matérias.  Digo que não foi tão fácil assim. Achava que era só pedir e fazer, mas a diretora do curso fez uma averiguação se eu havia conhecimento para fazer as matérias (leia-se olhar o histórico escolar). Como eu já fiz 5º Períodos no Brasil, isso não foi dificuldade. Autorizado a troca de cursos meu plano ficou assim:

·         - Programação Paralela e Distribuída
·         - Sistemas Distribuídos e Móveis
·         - Teoria da Informação
·         - Tecnologias WEB
·         - Sistemas e Aplicações

As três primeiras do mestrado e as duas últimas da graduação. O mestrado daqui é integrado com a graduação e ao que me parece não exige uma dissertação ou um projeto inicial. Daí a facilidade de fazer matérias do mesmo. Com essa embromação de trocar de disciplinas eu demorei a fazer a minha matrícula e até então eu já assisti poucas aulas. E as aulas práticas ainda não começaram na maioria das matérias (começarão semana que vem). Falar em prática, eu observei que aqui possui 12 laboratórios. Todos com Linux e alguns com Windows (não todos).

As matérias do mestrado são lecionadas no segundo andar e as salas são menores (lógico, por que tem poucos alunos). A média de alunos no mestrado é de 10 a 15 pessoas. Já na graduação a sala de aula são os anfiteatros. Parece com aquelas salas das faculdades americanas que a gente vê nos filmes. Para quem estuda na PUC pode imaginar o prédio 30 como referência (bastante menor lógico). As aulas daqui apesar de terem um tempo de “contato” menor, são bem puxadas. Não há exemplos, nem exercícios, nem correções! Apenas matéria e mais matéria sendo enfiada no seu miolo. Quanto a isso, acho ruim, pois impede a fixação do aluno.

Aqui o sistema de aulas também é diferente. Eles enfiam matéria na sua cabeça até o fim do ano! Daí em janeiro e fevereiro você vai fazer as provas de tudo que você aprendeu. Na teoria é isso daí. Na prática o professor pode adequar a sua disciplina do jeito que lhe convir. A maioria divide as provas em tempos, assim como no Brasil. Para você ser aprovado, basta ter uma média que eu considero baixa (não me lembro direito, acho que é 45 ou 50%). Mas para fazer os exames finais você precisa ter uma média nos trabalhos e testes, caso contrário, já é reprovado diretamente. O índice de reprovação aqui é alto, mas confesso que ainda não consegui entender onde que está o terror das reprovações (acho q vou conseguir explicar isto mais tarde).

As aulas daqui são de manhã e de tarde e acho que por causa disto vai ser difícil a arrumar um emprego. Quanto aos professores eles parecem serem bons. Apesar de aqui ser um país de língua portuguesa o sotaque é difícil de entender. Pra entender os professores exige muita concentração. Alguns são fáceis de entender, outros, não-entendíveis.

O curso de Computação (Ciência de Computadores aqui em Portugal) tem um prédio só pra ele e a estrutura do prédio e laboratórios é de alta qualidade. A única coisa que deixou a desejar é a limitação de software que é oferecido, perdendo em muito para a PUC.

Os universitários daqui são engraçados. Os calouros tomam trote e depois de um ano na faculdade eles podem usar a capa do Batman (deve ser pra se sentir mais fodões). Mas de qualquer forma são todos meus calouros, afinal estou no MESTRADO! Mwahahaha! (riso maléfico mode on).

Bom, eu acho que é isto aí. Se eu me esqueci de comentar algo sobre as aulas, é só falar que eu explico num próximo post. Agora que as aulas começaram é trabalhar duro para não dar vexame!

OBS: Para não desonrar a tradição, tratei de chegar atrasado às aulas hahahah! Estava com intenção de fazer cursos de idiomas também (italiano e alemão, ou espanhol e alemão), mas como tinha que pagar acabou que desisti. Daí estou aproveitando que moro com 2 espanhóis e 1 cubano pra tentar aprender espanhol sozinho. Se vai dar resultado? Falo daqui a alguns meses! ¡Hasta La Vista!”

Quote do Post: “O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” – Albert Einstein

Música do Post: Dead Fish – Queda Livre

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As aventuras de Kamusett no país dos Algodões Parte II

Em Lisboa estava armada a confusão! Como era o primeiro ponto de parada internacional, a geral que estava no avião teve que ir para a alfândega declarar entrada no país lusitano. Como o nosso vôo veio lotado, já deu pra imaginar o tamanho da fila que se sucedeu. E pra piorar ainda as coisas o meu vôo era daqui a 50 minutos e eu fiquei na incerteza se daria tempo ou não.

Como não havia nada o que fazer, fiquei naquela impaciente calma a esperar as coisas se resolverem no seu ciclo natural. E fila vai, fila vem, advinha quem eu encontro lá na frente da fila? O Zeca Camargo! Esse mesmo! Aquele narigudo feio pra caramba da rede Lixo Globo (sim! Feio pra caramba mesmo! Pelo visto a Lixo Globo dá um trato caprichado nos seus apresentadores).  Não sei acontece com todo mundo, mas nessa viagem encontrei com um “par” de gente famosa. Logo lá em Confins vi o Alexandre Kalil perambulado por lá. Fiquei numa vontade insana de zoá-lo e cantar as músicas do Cruzeiro! Mas bom menino que sou me contive. Depois viajei com a delegação do América-MG. Fábio Jr., Flávio, Irênio, Luciano e companhia dividiram o vôo comigo. Por fim encontro o Zeca Camargo lá em Lisboa. O legal é que tem gente que imagina que por serem famosos eles tem X + Y regalias e que são os maiorais. Mas a verdade mesmo é que eles são todos como nós. Tem que pegar filas nos aeroportos e esperar pacientemente como todo mundo. Principalmente fora do Brasil onde eles são totalmente desconhecidos.

Como era de se esperar: perdi o vôo.  Como dizia Mr. Collins (professor de matemática do Kevin): “todo problema encerra a sua solução”.  Baseado nesta filosofia simples, porém validadora, lá fui eu encerrar a solução de meu problema. Depois de idas e vindas no aeroporto de Lisboa (o aeroporto é enorme. Para terem idéia andei uns 5 minutos de ônibus para ir de um setor para o outro) consegui remarcar meu vôo para o seguinte.

No meu aguarde ao vôo que se sucederia me aparece um indiano a puxar conversa. Calma aí que ele não veio falando em indiano (ufa! Ainda bem!), mas sim em inglês. Como não tenho vergonha na cara lá estava eu a conversar com ele mesmo sabendo que meu inglês não era lá essas coisas. Eu encaro esses desafios como uma forma de testar meu conhecimento e minhas capacidades. A conversa era simples. Ele sempre falava algo que eu traduzia como: “sdasifisd asifsdgfis name? Your name?”. Aí eu com aquela cara de pasmo: “My name is Kamuset! And you? What your name?”. O cara se chamava Arvin, era médico e estava indo pra uma conferência lá em Porto. A conversa se baseou em muitos “ldugsldugffyga”, mas fiquei satisfeito de ter conseguido me comunicar com ele (ainda preciso melhorar muito o meu inglês). Fiquei bastante puto quando ele disse que não sabia a língua falada aqui no Brasil. Pelo menos ele disse que o Brasil é um país que está crescendo bastante, sinal de que o nosso governo está fazendo bom trabalho.

Chegando a Porto passei por alguns apuros também. Como ninguém ia me buscar lá, liguei para a moça que cuida da casa para saber se ela estaria lá pra me receber.  Não consegui falar com ela, mas peguei o táxi mesmo assim. Na fila do táxi ainda encontrei com um grupo de franceses desesperados tentando explicar ao taxista aonde queriam ir. A senhora olha pra mim e gesticula “¿Hablas español?”. Tive um êxtase de prazer ao falar pra ela: “Je parle français!”. Hahahaha! Foi muito bom. E ela ainda soltou um “Oh!” de alívio ao saber. Explicou-me que queria alugar vários táxis para levá-los a algum lugar que não entendi o que era e que estava tentando explicar isto ao taxista. O legal disto tudo foi que eu entendi quase tudo que ela disse hahaha! Depois ainda eu perguntei a ela se eu poderia pegar o táxi de trás e ela disse que sim. Agradeci-a com um “Merci” clássico e peguei o táxi sem saber se haveria alguém me esperando na casa. Fiquei com medo de ficar com as malas na rua. Mas no fim, deu tudo certo e cá estou; por mim, por você ★.

OBS: A letra dessa música diz muita coisa! Boa demais! Irei repetir uma frase do post no quote, mas tem tudo a ver e merece destaque.

Quote do Post: “Todo problema encerra a sua solução”

Música do Post: Ozzy Osbourne – Here for You




domingo, 12 de setembro de 2010

As aventuras de Kamusett no país dos Algodões Parte I

Eis aqui de volta! Desta vez para contar a minha aventura no país dos algodões (ou sobre as nuvens). Para quem não sabe, esta viagem que fiz foi a minha primeira de avião (e olhe só, na primeira vez que viaja pega logo 3 aviões de uma vez). 3 aviões? Sim! Para chegar na cidade do Porto viajei de BH para São Paulo, São Paulo pra Lisboa e Lisboa para Porto. Pois é, foi um dia de viagem. Cheguei exausto.

Para quem nunca viajou de avião saiba que ele é barulhento (principalmente se você viaja perto das turbinas). E ainda a pressurização do avião faz com que seus ouvidos doam ainda mais e tenha dores de cabeça. Mas para isto eu fui preparado! Recebi a brilhante dica de mascar chicletes dentro do avião. Isto ajudaria a ajustar o tímpano do ouvido da pressurização do avião. Se deu certo? Nunca viajei sem mascar chicletes então não posso dizer se deu algum resultado. O fato foi que minha cabeça não doeu e meus ouvidos doeram pouco.

Voar sempre foi um sonho meu (acho que isto é sonho de grande maioria da humanidade). Quem nunca se delirou vendo o Goku atravessando as nuvens como se fosse a coisa mais fácil desse mundo (Hahahaha)? Ou até mesmo os pássaros atravessando os céus em busca do calor do verão. Voar é sinal de liberdade e liberdade é algo que eu prezo bastante nesta vida.

Sobre o vôo. Durante BH à São Paulo viajei na janela e pude ver a cidade do alto. É incrível saber o quão pequenos e insignificantes nós somos. Mais incrível ainda foi saber como o avião chegou tão rápido a outro estado (eu acostumado com ônibus e viagens de 10 horas) sendo que lá em baixo tudo movia tão lentamente. Já de São Paulo pra Lisboa tive a sorte de ir no corredor. Viagens longas são preferíveis ir no corredor. Nós podemos nos levantar e caminhar livremente sem incomodar ninguém. Essa viagem foi demorada e de noite também. Não deu pra ver nada. O legal foi que eles serviram janta e café da manhã (tudo muito novo pra mim hahaha). A janta tinha uma salada horrorosa (pepino com manga), mas o resto estava bom, tinha até sobremesa! Serviram café da manhã também (sim! A viagem foi muito longa!). O café estava mais gostoso que a janta e deu pra sustentar bastante (e olha que sou comilão hein!?).  As viagens foram todas tranquilas e sem turbulências. Até consegui dar umas roncadas no avião hahaha! O ponto máximo desta parte da viagem foi ver o nascer do sol lá de cima. Fantástico! É uma experiência única. Se existe paraíso nesta terra, por alguns instantes me senti nele ao observar aquela preciosidade da natureza.

Chegando em Lisboa começou a confusão! Mas isto são cenas do próximo capítulo. Já está tarde, estou cansado e o post está ficando muito grande. Se você leu até aqui é porque é guerreiro! Nos encontraremos novamente, neste mesmo canal, nesta mesma hora! Hahaha!

Quote do Post:  “Tudo flui a partir de mim, cada sonho, cada grande plano, cada pensamento insignifcante”

Música do Post: Cachorro Grande – Que Loucura!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Dia da Independência

Imaginem só como as coisas são engraçadas. Nós que somos jovens estamos sempre em busca da nossa independência. Seja ela financeira, profissional, acadêmica ou mesmo amorosa. Não importa qual, mas sempre estamos buscando a nossa liberdade e autonomia.

Comigo não é diferente. Também corro atrás da minha liberdade e da minha autonomia. Busco a minha evolução pessoal e profissional através de oportunidades e ocasiões que vão surgindo ao longo da vida. O meu intercâmbio é uma prova disso. Sair de casa, morar longe da família e ter que me virar sozinho vai ser uma experiência que vai agregar no meu processo de independência. Fora a experiência profissional que permitirá futuramente um emprego mais estável e rentável de forma que eu consiga ter controle da minha vida.

E coincidência ou não olha onde fui parar neste dia 7 de setembro? Estou longe do Brasil, sozinho e sem conhecer ninguém. Vim buscar um pouco de amadurecimento e independência pessoal nas terras estrangeiras. E olhe só! Dia 7 de setembro é o dia da independência do Brasil! E por mais cético que eu seja as coisas conspiram contra mim de forma a me convencer do contrário. Ela está tentando me fazer deixar de ser cético. E isso me deixa muito cabriolado. Por exemplo: Ontem no dia 6 quando eu embarquei estava escrito no calendário de meus pais algo mais ou menos assim: “Crianças criadas com liberdade tem mais chances de serem felizes na vida. Solte-as.”. Puxa! Outra coincidência? Não pode ser! É a conspiração dos Deuses e entes mitológicos/miraculosao/santos tentando me convencer a crer nisto! Afinal, não sou mais criança, mas era hora de me soltar! Muito estranho isto! Mas no fundo, no fundo mesmo, acabo gostando destas coisas. Há um ar de segredo, mistério e lendas em cima de tudo. Tudo isto me fixa, me prende atenção!

Afinal sou daqueles curiosos e estudiosos que tem prazer em descobrir coisas na vida. Aquilo que é segredo, desconhecido ao mundo humano me apaixona! Quando era criança tinha 2 visões de carreira pra seguir: ser astrônomo ou ser arqueólogo. Descobrir ossadas, templos perdidos ou descobrir planetas e estrelas? Nenhum nem outro, optei por ser um cientista da computação e descobrir novas tecnologias. Entendi que aquilo era um hobby, uma paixão. Oh! As estrelas! Eterna paixão de infância! Ainda passo noites deitado no chão observando as estrelas!

Mas voltando ao assunto aqui estou eu! Em Portugal na cidade do Porto. No meu primeiro dia da minha busca pela independência é justamente no dia em que meu país se tornou independente! Quer motivação maior do que essa?

OBS: Depois faço um post contando da viagem e das aventurar que se sucederam. Título do Post também em homenagem ao último episódio do seriado "Wonder Years"

Quote do Post: “Independência ou Morte!”

Música do Post: Capital Inicial – Independência

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Despedida

Até que enfim. Depois de novelas e mais novelas para tirar o visto, comprar passagens, fazer as malas e etc., finalmente está chegando a hora de embarcar! Tudo está às pressas e juntei um monte de tranqueiras no HD do netbook mais um monte de coisas na mala de mão que eu nem sei se vou usar. Enfim, a gente planeja, planeja e no fim faz tudo diferente!

Sábado fiz um churrasco de despedida e felizmente consegui juntar grande parte dos meus amigos. Amigos de infância, do ensino médio, faculdade, futebol, do bairro e também alguns parentes. Obrigado a todos aqueles que compareceram. Apesar de ser uma cerimônia simples fiquei muito feliz de vê-los reunidos em minha casa.

Essa última semana foi muito corrida. Apesar do tanto de coisa pra ajeitar eu ainda resolvi participar da feira do empreendedor do SEBRAE. Resultado: correria total. Não consegui ir nenhum dia na academia, mas consegui me despedir muito das aulas de dança. Foram dois meses muito proveitosos de minha vida. Aprendi bastante lá dentro e fiz algumas amizades também.  Tomei meu último Açaí e comi minhas últimas broinhas temperadas também (vai saber se tem isso lá em Portugal também né?)! A despedida do futebol foi na semana passada e neste domingo de noite tirei tempo pra família e pra fazer uma despedida em especial. Curti uns momentos com meus pets (vou sentir saudades demais! Desde que me entendo por gente que eu convivo com animais de estimação. São verdadeiras companhias e exemplos de fidelidade).
Neste momento estou juntando as últimas coisas pra por na mala. Copiando arquivos pessoais pro netbook e gravando DVDs de músicas brasileiras pra levar pra Portugal. Vou divulgar um pouco da nossa cultura musical aos Europeus.

 Estou um pouco ansioso pra viajar. Além de ser minha primeira viagem de avião será a primeira vez que vou pra algum lugar mais longe que Guarapari! Sinto-me como se fosse um soldado indo pra uma guerra. Carrego aquela incerteza e perguntas do tipo: será que as coisas estarão iguais quando eu voltar? A única diferença entre eu e um soldado é que a minha certeza de que eu vou voltar pra casa um dia é muito maior do que a que ele tem.

Embarco hoje de manhã e só chego ao meu destino no dia seguinte. Caso o avião caia ou desapareça lá no triângulo das bermudas não fiquem preocupados. Provavelmente estarei numa ilha tropical com Ursos Polares combatendo uma fumaça preta misteriosa!

Figura 1: Meus prováveis amigos caso o avião não chegue a Portugal! =)


OBS: Desculpem, mas o sono me inibiu de fazer um post mais elaborado. A música do Post é uma que eu gosto de escutar nas viagens. Ela relaxa, trás reflexões e tem uma magia fantástica quando você está observando as paisagens (quer experimentar a sensação? Coloque ela pra tocar, feche os olhos e imagine um lugar onde você gostaria muito de estar ou alguma paisagem que você conhece e goste).

Quote do Post: “O horror de uma guerra não é ver aqueles corpos dilacerados, mutilados e sangrentos. O horror de uma guerra é ver os olhos sem vida e sem esperança daqueles soldados que lutam”.

Música do Post: Era – Last Song

domingo, 5 de setembro de 2010

Fazendo as Malas

Confesso que gostaria de ter postado isto antes. Mas como brasileiro que sou deixei as coisas pra última hora! E também admito que eu seja um tanto preguiçoso pra escrever. Gosto apenas de escrever quando estou bastante disposto e com um tanto considerável de inspiração. Visto que os prazos estão se esgotando e que há necessidade de fazer este post, então resolvi logo desembuchar e começar a escrever.

Fazer as malas é um “trem” bastante complicado. Temos que fazer provisões de viagem pelo menos com algum tempo relativo de antecedência (E eu fiz isso. Só não coloquei minhas ideias na prática). Pensar que vamos colocar dentro de uma mala todas as nossas necessidades materiais e que elas terão de servir para seis meses é uma responsabilidade e tanto.  Tudo deve ser pensado, nada pode faltar. Daí entra tudo aquilo que se refere às necessidades básicas e sociáveis ao nosso contexto de vida. Entram na lista as blusas, calçados, roupas sociais, toalhas, roupas de cama, etc. Disso todo mundo já sabe e faz parte da vida de qualquer viajante, esteja ele indo pra qualquer lugar do mundo.  Como esse assunto já fez parte de grande maioria das pessoas não vale apena aprofundar nessa ideia repetitiva. Apenas gostaria de frisar a nossa responsabilidade de colocar seis meses de nossas vidas dentro de uma mala que não pode passar dos 32 kg (Eu posso embarcar com pelo menos 2 malas de 32 kg cada fora a mala de mão de 10 kg. Decidi levar apenas 1 e deixar a outra pra trazer as tranqueiras que eu comprar de lá. Coloquei todas as minhas roupas e calçados na mala e ela só deu 17 kg. Ou seja, dá pra levar muita coisa pra viagem).

Mas não é sobre isto que eu gostaria de falar. Gostaria de expor um pouco sobre os nossos apegos a itens de nossas vidas que consideramos indispensáveis e, mesmo que fúteis, insistimos em leva-los conosco aonde quer que viajemos. É claro que eu possuo uma lista considerável destes itens (não que eu seja uma pessoa materialista. Tais itens pra mim tem um valor muito maior que material). E há coisas que mesmo que eu goste tenho de ter o bom senso de não leva-las, pois sei que nada agregará a minha estadia fora do país. Mas há uma listinha de coisas que irei levar sem sombra de dúvidas.

A primeira é o meu MP3. Uma das grandes paixões da minha vida é a música. Sem ela não seria um centésimo do que sou. Como meu MP3 só tem 1GB de memória eu fiz 3 listas de música que pudesse me satisfazer durante as viagens. A primeira e mais antiga se chama “Kametal”. Essa é da minha época de metaleiro no ensino médio ainda. Obviamente só contem músicas de metal das mais diversas variedades. Tenho-a até hoje. Sinal de que a lista é boa e não enjoativa né? A segunda lista se chama “Magic”. É um conjunto de músicas eletrônicas e general new age com algumas intrusas no meio. Ela tem esse nome porque consegue produzir momentos de magia. É uma tracklist calma e relaxante. Trás uma paz pra mim. Eu a considero a lista mais próxima da perfeição que já fiz.  A terceira se chama “Emo-Hard-Punk”. Contém músicas de Punk Rock, Hardcore e alguns Emocores do cenário brasileiro. Gosto de carrega-la comigo, pois o Pop Punk é uma de minhas preferências musical e somada ao Hardcore-do-Mato trás um som bastante motivante. Esses sons conseguem me dar um alto-astral. “Levanta qualquer defunto” é como eu digo! Claro que as listas têm que ter suas regras. A Emo-Hard-Punk, por exemplo, só tem músicas nacionais (Porque as letras também fazem parte do contexto proposto). Kametal pode haver no máximo 3 músicas de cada artista e essas músicas preferencialmente devem ter no máximo 5 minutos (pra evitar de enjoos). Magic tem um tipo de música especial pra se adequar a lista. Fica difícil explicar por tanto não vou entrar em detalhes.

Mas chega de falar de música. Sempre que falo de música me empolgo. Outras coisas que não vou deixar de levar. Meu livro “A arte da guerra” de Sun Tzu. Acho que ele pode me ajudar muito lá. Fotos. Irei levar muitas fotos no computador: de amigos, parentes, cachorros, etc. Vão ajudar a matar saudades. Queria levar uma camisa do Cruzeiro, mas não consegui comprar. No entanto vou levar minha bandeira. Paixão pelo clube do coração atravessa o mundo! Minha chuteira, meião, caneleira (do Zé Bombinha), etc. Futebol também é uma de minhas grandes paixões e não conseguirei ficar muito tempo sem jogar bola! Cartões Postais (esse eu explicarei em outro post). Minha manete! Eu resisto, mas sempre caio em tentação dos joguinhos eletrônicos hahaha! Episódios dos Anos Incríveis (Fantásticos! Lições de vida que podem ajudar muito lá). Enfim, há outras coisas de que não me recordo neste momento.

O importante é ressaltar que não só as necessidades básicas devem ser satisfeitas, mas sim os nossos desejos e as coisas de que amamos e nos dão prazer devem ser levadas em conta também. E que apesar de serem itens fúteis, no fundo eles serão bastante importantes pra nós.
 
OBS: Desculpa pelo post muito grande. Se alguém se interessar pelas listas só pedir que eu passá-las-ei. A música do post de hoje é uma de minhas preferidas e é encontrada na lista de Magic, o final dessa música é simplesmente fantástico.
 
Quote do Post: “Se as coisas foram feitas para serem usadas e as pessoas para serem amadas, porque usamos as pessoas e amamos as coisas?”.
 
Música do Post: Balligomingo – Falling