Nesse dia 7 (considerando o horário de Brasília) faz 1 mês que cá estou. D’outro lado do oceano em outro continente em outro país. Ainda parece que foi ontem o dia em que desembarquei no aeroporto em uma cidade que não conhecia, em lugares que nunca fui numa democracia com leis que não conhecia. E o mais intrigante de tudo: passei a viver em lugar que nunca vi, com pessoas que jamais conheci.
Parece uma epopéia todas essas histórias de uma aventura sobre a descoberta de um lugar novo, com conhecimento oriundo de livros de história e filmes. Quem nunca imaginou como seriam as terras dos mercadores e das caravelas? Onde mentes insanas apossadas pelo desejo do poder atravessavam os oceanos com seus navios negreiros submergidos de dores humanas com uma única busca: desbravar as terras virgens e explorar toda a riqueza que nela existisse. Assim era Portugal do século XVI cuja suas histórias emergem em nossas mentes. Hoje as coisas são totalmente diferentes. Mas ainda restam alguns vestígios por aqui. A maioria em museu ainda bem. As casas que acercam a cidade também lembram aquele tempo de outrora e trás um ar boêmio, misterioso e cheio de histórias e lembranças de coisas que antecederam as vidas que hoje jazem sobre esta terra.
Como citei ao parágrafo precedente esta cidade é uma verdadeira boêmia! Gosto dos ares daqui, das pessoas que conheci por aqui, do friozinho gostoso e apaixonante que trás neste outono amarelo e do lugar em si onde hoje chamo de casa. Creio baseado em minha experiência de 1 mês como cidadão portenho que a escolha da cidade foi certeira. Porto é uma cidade muito bonita e tranqüila. Tenho o prazer de sair de casa às madrugadas sem ter que me preocupar com a marginalidade. Ainda que fosse o caso me preocupo muito menos de quando saía às madrugadas no Brasil. Esses ares boêmios incitam muito a alegria e o bem estar. Incrivelmente apesar do meu cansaço mental e físico me encontro muito bem e digamos de passagem: feliz.
Nas avaliações gerais obtidas em 1 mês de vida o que eu tenho a dizer que gosto bastante de Porto. Ainda tenho muito que conhecer muito que experimentar e aprender. No entanto o pouco contato e amistosas companhias com quem estou lidando me permitem afirmar que estou bem nesta cidade tão linda. E sou um cidadão de sorte (com algumas quedas bruscas e temporárias de azar). Consegui um alojamento bem localizado (no centro da cidade), um quarto amplo e bem arejado com o melhor de tudo: privacidade. O grande problema que eu poderia ter e certamente muita gente tem é com os companheiros de apartamento. Nesse quesito também dei muita sorte. Moro com 1 casal de espanhóis e 1 cubano. Todos eles são muito amigáveis, prestativos e simpáticos. Uma presença feminina na casa trás mais calmaria e organização também. Em termo de ser simpático destaco principalmente os espanhóis, são verdadeiras peças. Não sou do tipo de me queixar e mesmo se as coisas não tivessem boas, temos que procurar ver o melhor de cada coisa.
Resumindo: estou muito bem e muito feliz aqui apesar do cansaço das tarefas e da falta de tempo. Gostei muito do país, da cidade, das pessoas. Não tenho o que reclamar. Muito pelo contrário. Apenas motivos pra comemorar a sorte que eu dei em ter vindo para o Porto. Está aqui nesta cidade uma grande oportunidade crescer pessoalmente, profissionalmente e crer e tentar que apesar da dificuldade que enfrentamos podemos mudar as coisas e conquistar os nossos sonhos
Fico por aqui e desculpe o post gigante. Sou do tipo bastante minucioso hahaha.
PS: Hoje (dia 7) é o aniversário de uma pessoa muito legal e simpática! Parabéns pra você, muitos anos de vida e felicidades! *_*.
O Quote do Post de hoje fala sobre a necessidade que temos de nos separar (temporariamente) de certas coisas, certas pessoas para que possamos amadurecer de forma que conseguimos conviver e crescer com as pessoas juntamente.
Quote do Post: "Às vezes é preciso crescer separadamente para que possamos crescer juntos".
Música do Post: Yasunori Mitsuda – Nocturne
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